Dinâmicas, Técnicas de Intervenção e Produtos
Baralho dos animais
Esta
atividade pode ser usada com o publico infantil e adolescente e costuma ser bem
produtiva na hora de coletar dados relevantes para o tratamento.
Produzido
artesanalmente com imagens pesquisadas na internet, papel cartão, tesoura e
papel contact transparente, o produto ajuda na “quebra do gelo” com a criança e
deixa a conversa bem mais divertida!
Os
animais a serem pesquisados devem ser bem diferentes entre si, tanto
fisicamente quanto ao comportamento que eles costumam apresentar.
Como
usar
Ao
iniciar a sessão, o terapeuta apresenta as figuras ao cliente e sugere uma
atividade diferente para aquele dia, algo mais legal do que só conversar. Para cada
familiar, colega, ou pessoas relevantes em sua vida, a criança deverá escolher
um animal que o representa e explicar porque escolheu aquele bicho. Por exemplo,
“para minha mãe eu escolho um bicho preguiça, pois ela é lenta e preguiçosa. Para
meu pai, escolho cachorro, pois ele é amigo, companheiro e divertido, e assim
por diante.”
Com
essa atividade, muitos conteúdos se farão presentes no atendimento e o
terapeuta pode aproveitar a deixa para buscar mais informações, tais como,
sentimentos e estímulos que reforçam padrões inadequados daquele grupo em que o
cliente se insere.
Sugestão: Ideal para crianças à partir de 5 anos de idade e a atividade também pode ser substituída por dedoches ou brinquedos.
Economia
de Fichas
Uma
das técnicas mais tradicionais advinda da pesquisa em Análise do Comportamento
Aplicada (ACA) é a Economia de Fichas (ou Tokens
Economy, em inglês). Esse procedimento consiste em fornecer ao cliente
reforçadores condicionados (fichas), contingentes a comportamentos adequados.
Por exemplo, no caso de uma criança com comportamentos de birra e desobediência,
os pais podem apresentar uma tabela com uma lista de bons comportamentos que
eles esperam do filho. À medida que a criança vai realizando as tarefas, ela
recebe um ponto na tabela (representado por uma carinha feliz, uma estrela,
entre outros). No fim do dia, ao completar todos os pontos, a criança tem
direito a um prêmio, como, por exemplo, um doce, uma atividade, um privilégio,
entre outros.
De acordo com Tomanari (2000, citado em
Borges, 2004, p. 33), “o método de economia de fichas possibilita a formação de
cadeias comportamentais e tem como um de seus objetivos, instalar e manter
comportamentos desejáveis. Além do que, este método geralmente é implantado
através de reforçamento positivo e pode ser aplicado em grande escala”.
Muito comum em atendimentos infantis e
de adolescentes, o método também se mostra bastante eficaz para o público com
necessidades especiais, de qualquer idade. É prático, eficiente e permite a
mensuração muito clara da evolução do cliente para os pais e para o terapeuta.
Geralmente os pais se mostram muito satisfeitos com os rápidos resultados.
Para informações mais aprofundadas sobre
o método de economia de fichas consulte as referências indicadas e a página
“Artigos” desse blog nesse link.
Como
fazer uma tabela de Economia de Fichas?
Confeccionar uma tabela de Economia de
Fichas pode ser muito simples. Você pode fazer uma tabela à mão, com canetinha e régua, ou no Excel do seu computador e mandar imprimir em tamanho grande. As carinhas você pode usar aqueles papeizinhos adesivos, tipo post-it e colar em cada espaço ao longo da semana. Olha só essa que eu mandei fazer na gráfica:
Referência
Bibliográfica
Borges, N. B. (2004). Análise Aplicada
do Comportamento: utilizando a economia de fichas para melhorar desempenho. Revista Brasileira de Terapia Comportamental
e Cognitiva. VOl. 5, 1, 031 - 038.
Leituras Indicadas
Patterson, R. L. (1996).AEconomia de
Fichas Em: V. E. Caballo (Org.). Manual
de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. (Trad. M. D.
Claudino). Cap. 15, (pp. 297-313). São Paulo:Santos.
Tomanari, G. Y. (2000). Reforçamento
condicionado. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva. 1, 61-77.
Weber, L. (2009). Eduque com Carinho:
equilíbrio entre amor e limites – para pais. Editora Juruá: Curitiba.
Jogos Educativos Online
A
Psicologia clínica analítico-comportamental tem se utilizado cada vez mais da
tecnologia em favor do desenvolvimento de habilidades específicas em crianças
especiais.
Crianças
com autismo, por exemplo, necessitam de uma maior consistência de relações
estímulo, resposta e reforçamento, do que necessitam crianças com
desenvolvimento normal, para que o controle do estímulo apropriado se
desenvolva (Goulart e Assis 2002). Para o desenvolvimento da linguagem, uma das
habilidades mais comprometidas nesse tipo de público, é necessário o
treinamento de relações funcionais entre estímulos arbitrários, como, por
exemplo, a imagem de uma palavra escrita e uma figura correspondente.
O
jogo Aiello, apresentado no site a seguir, permite à criança associar nomes e
imagens de objetos, ampliando seu vocabulário:
Para
o desenvolvimento de outros tipos de habilidade, como atenção, memória, linguagem
e raciocínio lógico, os sites abaixo apresentam diversos joguinhos bem
reforçadores, que vão deixar a sessão terapêutica bem prazerosa, confira:
Além
de estimular habilidades e tornar o atendimento psicológico reforçador, o
contato com o mundo virtual facilita a introdução das crianças especiais na
sociedade, visto que este tipo de ferramenta tem se tornado cada vez mais frequente
nos ambientes de estudo e de trabalho.
Boa sorte!
Por: Maíra Matos Costa
Atividade
Lúdica – Terapia Infantil
A
terapia analítico-comportamental, como um todo, apresenta uma vasta gama de
intervenções infantis, que focam na facilitação do relato da criança sobre os
contextos aos quais ela está inserida. A criança, por ainda não ter um
repertório verbal bem desenvolvido, necessita de ferramentas para desenvolver
essa habilidade. Os jogos e as brincadeiras deixam a sessão mais reforçadora e
facilitam o diálogo com os baixinhos.
Segundo
Gadelha e Menezes (2008, p. 60) “a principal diferença entre a terapia de
adultos e a infantil talvez seja na busca constante do terapeuta comportamental
infantil por procedimentos alternativos ao relato verbal, para obter
informações sobre as variáveis que controlam o comportamento da criança”.
Uma
dica interessante pode ser a utilização do Origami. A seguir será apresenta a “dobradura
abre e fecha”, com o modo de fazer passo a passo, a qual consiste num jogo de
perguntas e respostas (clique na imagem para ampliar).
A
dobradura pode ser confeccionada durante a sessão junto com a criança, cada um
fazendo a sua, enquanto o terapeuta vai conversando e ensinando ao cliente como
se faz. Ao terminar o processo de dobragem, os dois podem desenhar uma figura
diferente (ou uma cor) em cada espaço e na parte inferior de cada aba será
escrita uma pergunta.
O
terapeuta pode adicionar perguntas fáceis, como, por exemplo “minha cor
favorita é...” ou “meu animal preferido é...” e em outros espaços, podem ser
inseridas perguntas que levem a identificação de sentimentos e contingências,
como, por exemplo “eu me sinto triste quando...”, “minha família é...”, ou “o
que quero ser quando crescer?”, e assim por diante.
Como
jogar?
É
super fácil! Para jogar uma pessoa pergunta a outra um número de 1 a 10.
Suponha que o outro participante diga 6. Então, o dono do origami abre e fecha
seis vezes. Em seguida, o primeiro jogador pede para o segundo escolher uma
imagem (ou uma cor). Escolhida a imagem, o jogador inicial abre o espaço e faz
a pergunta que está por debaixo do papel. Depois os jogadores trocam de papéis,
até terminarem todas as perguntas! A atividade é sucesso total, as crianças
adoram!
É
isso aí. Fica a dica e até a próxima!
Por: Maíra Matos Costa
Por: Maíra Matos Costa
Referência
Bibliográfica
Gadelha,
Y. A., Menezes, I. (2004). Estratégias lúdicas na relação terapêutica com crianças
na terapia comportamental. Univ. Ci. Saúde, Brasília, v. 2, n. 1, p. 1-151.
Sugestão de Leitura
Silvares,
E. (2004). Estudos de Caso em Psicologia
Comportamental Infantil, Vol. II. São Paulo: Ed. Papirus.
Trabalhando
com adolescentes na terapia comportamental
A
terapia com o público adolescente exige bastante habilidade verbal do
terapeuta. Afinal, muitas vezes o jovem chega à sessão contrariado, obrigado
pelos pais, ou até mesmo, não possui treino verbal suficiente para conseguir
relatar com detalhes sua própria história.
Para
deixar o atendimento mais dinâmico, o psicólogo pode utilizar atividades
levemente lúdicas, que tornam a conversa mais reforçadora.
Nessa
postagem eu apresento o jogo “Puxa Conversa”, o qual consiste numa atividade de
perguntas e respostas em que as regras são inexistentes. Em diversas cartas
sortidas, o jogo apresenta perguntas ao participante sobre os mais variados
assuntos, como por exemplo: “o que é mais importante, inteligência ou bom
senso?” ou, “a pessoa que você mais detesta tem algum ponto positivo?”, "você acredita em Deus?" ou ainda, “em que época você gostaria de ter crescido?” e assim por diante.
O
jogo promove autoconhecimento e traz reflexões existenciais. E, à medida que as
perguntas vão sendo apresentadas, as demandas vão surgindo e pontos importantes
para o tratamento podem ser trabalhados sem muita dificuldade, para ambas as
partes.
Existem
várias versões do mesmo jogo, que podem ser compradas geralmente em livrarias. Segue
abaixo links de lojas que contém o jogo:
Quem
não quer ou não pode comprar o jogo, pode confeccionar algo semelhante em casa
mesmo. O importante é fazer da sessão, uma conversa produtiva e divertida para
o jovem em atendimento!
Além
deste, outros jogos também podem ser muito úteis para o público dessa faixa
etária e serão apresentados em postagens posteriores. Fica a dica!
Dinâmica Nossa História
O desenvolvimento da comunicação na terapia familiar pode ser
considerado o ponto de base para todas as outras intervenções. Afinal, se todos
conseguirem expor seus pontos de vista e comunicar suas necessidades, falando e
ouvindo na hora certa, a cooperação entre os integrantes do grupo se torna
muito mais facilitada.
Aquecimento
Para iniciar,
organize as cadeiras em circulo (ou sentem no chão se preferirem) para que
todos possam olhar um para o outro. Em seguida, traga previamente dentro de um
envelope, vários recortes de revistas e jornais, com imagens aleatórias como, por
exemplo, um carro, uma bailarina, um sofá, um cachorro, um guarda-chuva, um
sapato, a lua, uma piscina e etc. Segure as imagens todas num bolo, e diga que
agora eles participarão de uma brincadeira. O terapeuta irá pegar uma imagem e
iniciará uma história com a figura que pegou, por exemplo, “era uma vez um
carro mágico...”, ao passar o bolo das figuras restantes, a próxima pessoa da
roda terá que continuar a história com a próxima imagem que estiver no bolo,
por exemplo, “... esse carro podia voar e era de uma bailarina...” e assim por
diante. No final, a história acaba ficando super engraçada, todos dão muitas
risadas e o clima pesado acaba. Além disso, os familiares desenvolvem a
habilidade da fala antes de começar o procedimento em si.
Agora abra
outro envelope. Nele estarão contidas algumas perguntas impressas referentes à
família (sugiro que sejam impressas para facilitar a leitura). Nesse caso, o
terapeuta se exclui da atividade e passa para o cliente do lado a primeira
pergunta, por exemplo, “quem sou eu?”. A pessoa vai começar falando, por
exemplo, “eu sou um menino de 14 anos, que estuda na escola tal, eu gosto disso
e disso, sou tímido, falo pouco e etc.” Essa pergunta passará de mão em mão e
todos terão que respondê-la. Em seguida o terapeuta passa mais uma, como, por
exemplo, “como vejo minha família?”, ou “como me vejo daqui a 5 anos?”, ou até
“o que poderia melhorar em mim mesmo?” e assim por diante. O psicólogo pode
elaborar as perguntas de acordo com as demandas apresentadas pela família,
sempre promovendo a comunicação e o autoconhecimento.
Todo conteúdo que será trazido durante a
sessão será trabalhado pelo terapeuta, a fim de explorar as demandas de cada
um. No final do procedimento, é comum as pessoas se emocionarem com o que é
dito. Termine a sessão pedindo para que todos deem um abraço individual em cada
membro da família e depois peça um abraço em conjunto. Na próxima sessão, os
relatos sobre a dinâmica e sobre como ela influenciou o comportamento em casa
podem ser coletados.
Quer saber mais sobre meu trabalho? Acesse este link.
Adorei o Blog! E muito bom esse post!
ResponderExcluirAcredito que vocês não tenham o costume de discriminar quem escreve cada atualização então gostaria de elogiar ambas. Muito bem escrito, parabéns.
Gostei mais da primeira atividade.
Olá Wagner! Que bom ouvir isso. Seja muito bem-vindo ao nosso blog! Ele está apenas no início. Muita coisa será postada ainda. Divirta-se!
Excluirdicas muito boas!!! Adorei!!! Vamos divulgar nossa prática!!
ResponderExcluirVou utilizar a técnica do origami com as crianças da Rede pela Paz, será que dá certo?
ResponderExcluirDá sim! Não tem erro, é super legal! :)
Excluirgostaria de técnicas ou dinâmica para trabalhar com os pequeninos de 2 a 5anos obrigada
ResponderExcluirParabéns pelo Blog !!!!!!
ResponderExcluirEstá lindo e funcional o seu blog, Maíra! Sucesso sempre!❤⚘
ResponderExcluirAmei suas dicas!!!! Obrigada por compartilhar seu material, genial :D
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